Você já notou o ícone de cadeadinho ali na URL desse site? Esse símbolo representa que essa página está protegida com uma camada a mais de segurança, o HTTPS. E o que ele faz? É um dos tipos de criptografia que codifica todas as informações que trafegam entre o seu navegador e essa URL, garantindo a sua privacidade.

No Brasil, atualmente, segundo o Relatório de Transparência do Google, 95% do tráfego de toda a internet é criptografado. Ou seja, essa já virou uma estratégia fundamental quando a gente fala de cibersegurança.

Neste artigo, vou te explicar mais sobre esse assunto!

O que é criptografia?

Apesar de ser a base da segurança na Internet hoje, a criptografia não é uma tecnologia recente. O seu conceito vem do tempo da Roma Antiga e a sua utilização foi decisiva na  Segunda Guerra Mundial, por exemplo

A criptografia é, basicamente, a técnica de embaralhar uma informação a fim de ofuscá-la, de forma que só o detentor da combinação consiga ter acesso à originária. Desse jeito, é possível trafegar dados dentro de um ambiente inseguro sem que os intermediários cheguem ao conteúdo principal.

Principais tipos de criptografia

Atualmente existem dois tipos principais de criptografia: a simétrica e a assimétrica. Eles se diferem, principalmente, pelo nível de segurança que garantem à chave decodificadora e à informação.

• simétrica: tanto a parte que emite o código quanto a que recebe utilizam a mesma chave para codificar e decodificar a informação;

• assimétrica: são geradas duas chaves, uma pública e outra privada, sendo uma usada para codificar e a outra para decodificar. Nesse cenário, a única pessoa que é detentora da chave privada é quem a criou, enquanto a pública é divulgada para todo mundo.

Dentro desses dois tipos de criptografia principais, existem diversos algoritmos que são mais ou menos seguros. Entretanto, inegavelmente, aqueles do grupo assimétrico são mais confiáveis.

Só pra você entender melhor, quando falamos de segurança no contexto de criptografia, estamos nos referindo a probabilidade da chave ser descoberta (ou seja, o nível de quebrabilidade do algoritmo).

Esse nível de força é medido em bits. Então, quanto maior a quantidade de bits, mais alto é o nível de segurança, porque existirão mais possibilidades de combinações para decifrar o código. Entendeu?

Então, por exemplo, diante disso, alguns algoritmos são projetados com uma estimativa de tempo para sobreviver a ataques de força bruta, nome dado à estratégia de ir tentando várias senhas até chegar na correta.

Bom, se a criptografia do tipo assimétrica é mais segura, você deve estar se perguntando então quando e porque utilizar a simétrica. Então, só para início de conversa, você também precisa saber que adotar um sistema mais seguro também é mais trabalhoso.

Como decidir qual é o melhor tipo de criptografia para a sua empresa?

O melhor tipo de criptografia vai variar muito de acordo com alguns fatores:

• usabilidade;

• disposição e disponibilidade de recursos computacionais;

• nível de criticidade da informação;

• reversibilidade;

• efemeridade das informações.

A escolha do algoritmo depende da necessidade de proteção da sua organização. Nem sempre compensa investir em um sistema complexo e pesado se os dados, por exemplo, servirem por um curto período de tempo.

Mas, reforçando, seja qual for o caso, é importante adotar alguns dos dois tipos de criptografia. Essa é uma das principais formas de proteger o banco de dados de clientes da sua empresa.